Onomatopéia – que palavrão é esse?

O que é onomatopeia? Exemplos de onomatopeia

Por Rosângela Martins

Onomatopeia – que palavrão é esse? Vamos descobrir.

Como escritores, procuramos escrever nossas histórias o mais verossímil possível. Para isso, usamos diálogos naturais, palavras e expressões que sejam de fácil compreensão para o leitor.

Em nossos textos, conseguimos expressar sentimentos e emoções, fatos, cheiros, sons, sabores… e tudo o que os sentidos humanos possam captar. Aí entra a importância da onomatopeia. Por isso, trouxe aqui mais detalhes e exemplos que vão deixar mais claro o significado e como utilizar esse recurso de grande efeito.

Segundo a Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara :

“Onomatopeia é o emprego de fonema em vocábulo para descrever acusticamente um objeto pela ação que exprime.”

São nomes criados considerando os sons naturais produzidos por seres e objetos.

Onomatopeia ou mimologia é um termo da língua grega antiga que significava “criar um nome”, “fazer um nome”. Logo, é uma figura de linguagem onde se reproduz um som com um fonema ou palavra.

Então, ruídos, gritos, canto de pássaros, som de animal, sons da natureza, barulho de máquinas e o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopeias.

A onomatopeia é uma figura de linguagem de som que reproduz fonemas ou palavras que imitam os sons naturais, do dia a dia. Podem ser de objetos, de pessoas ou de animais, de fenômenos da natureza e de instrumentos musicais, dentre outros.

Figura de som

Mas a onomatopeia também é uma figura de som, pois seu uso está condicionado a conferir expressividade à oração, seja por repetição de palavras ou imitação de sons. Assim, esse recurso aumenta a expressividade do discurso, motivo pelo qual é muito utilizado na literatura, nas histórias em quadrinhos, nos mangás e em tiras de humor.

Aplicamos as onomatopeias são na linguagem oral, principalmente no uso coloquial. Ela está no cotidiano das pessoas, inclusive dos mais jovens, que passam boa parte do tempo conversando pelas redes sociais.

Utilizamos a onomatopeia para representar todos esses sons, visto que eles não conseguem ser reproduzidos de forma fácil na fala e na escrita. Algumas delas tornaram-se tão comuns que já se estabeleceram como a representação convencional de determinados sons. Por exemplo, o “tic-tac” utilizado para representar o som do relógio.

Entretanto, vale ressaltar que a onomatopeia é uma imitação aproximada — e não exata — de um som. Mas a sua expressão deve deixar clara a sua interpretação. Ela pode variar conforme o idioma, apesar de ter o mesmo significado. Por exemplo, o som de mergulho em português é representado pela onomatopeia “tchibum”, enquanto em inglês é “splash”. A forma escrita das onomatopeias é flexível e adaptável e não possui uma escrita rígida.

Cuidado para não confundir onomatopeia com interjeição, que exprime emoções ou sensações.

Classificação

Também podemos classificar as onomatopeias como:

. Onomatopeia pura — quando imita algum som;

. Onomatopeia vocalizada — é a palavra que caracteriza um som, incorporada à gramática. Um exemplo é cacarejar, palavra que deriva do som emitido pela galinha. São frequentes as onomatopeias que traduzem as vozes dos animais e os sons das coisas: o tique-taque do relógio, o marulho das ondas, o zunzunar da abelha, o arrulhar dos pombos. Portanto, muitas palavras foram formadas através dos sons emitidos ou relacionados a elas, como: reco-reco, pingue-pongue, bombom.

Curiosidades

É bom saber que a forma adjetiva é onomatopaico.

As expressões dessa figura de linguagem são uns dos primeiros recursos utilizados pelas crianças quando estão aprendendo a se comunicar. Por exemplo, um bebê que tenta referir-se a um cachorro, mas ainda não sabe dizer o nome do animal, irá utilizar “au au” para expressar-se.

Resumindo, onomatopeia…

  • É uma das figuras de linguagem da língua portuguesa.
  • Integra as figuras de som.
  • Pode ser classificada em pura e vocalizada.
  • Na maioria das vezes é a imitação de um som; um som escrito.
  • Usamos na literatura, na música e em expressões do dia a dia.
  • Utilizamos para conferir expressividade ao discurso.

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Fontes e referências:

BECHARA, Evanildo – Moderna Gramática Portuguesa. Editora Nova Fronteira, ed.39.

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