Rosângela Martins

O despertar

O despertar


Um dia, fui a minha própria juíza e carcereira.
Usei uniforme, aparei as asas e até a cabeleira…
Julgada e condenada apenas pelo medo de viver,
Que fazia de mim alguém que eu não queria ser.


Construí vazios obstáculos feitos de incerteza.
Empilhados, formavam as grades da fortaleza,
Que bloqueavam a minha visão do mundo lá fora,
Amarravam-me e impediam que eu fosse embora.

Hoje alguém liberou a coragem para me visitar.
Trouxe esperança fresquinha, para enfim saborear.
Iguaria como essa não costumam servir por aqui.
Com um cheiro de liberdade que um dia já senti.

Com essa energia, que percorreu as minhas veias,
Consegui romper correntes e cortar todas as teias.
E assim eu fugi e joguei-me no mundo a andar.
Porque só então entendi que viver é se arriscar.

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