- Gênero: Fantasia | Público Infantojuvenil
Lendas Indígenas
A lenda do Guaraná
Na tribo Maués, um casal de índios se destacava entre os demais pela sua bondade. Apesar de viverem em harmonia com todos na tribo, faltava-lhes a bênção de um filho. De tanto que pediram e suplicaram, o deus Tupã lhes atendeu, fazendo a índia gerar um lindo menino. A criança não só alegrou a vida dos seus pais, mas de toda a aldeia, passando a ser querido por todos.
Então o tempo foi passando e o menino cresceu, herdando a bondade dos pais.
No entanto, Jurupari, o deus da escuridão e do mal, cheio de inveja dos sentimentos que o menino despertava nos outros índios, preparou uma emboscada para matar a criança.
Um dia, quando o menino foi colher frutos sozinho no meio da floresta, Jurupari pôs em prática o seu plano: ele se transformou em uma grande serpente venenosa e, sem dar chances ao menino, o atacou e o matou.
Assim, a triste notícia logo se espalhou. No momento em que a mãe soube da morte do seu pequenino, trovões ecoaram, fortes relâmpagos cortaram o céu e raios caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, leu nos trovões a mensagem de Tupã que trazia uma maneira de a consolar. Tupã dizia que deveriam plantar os olhos do menino e que deles uma nova planta cresceria gerando saborosos frutos.
Seguindo a mensagem de Tupã, os índios plantaram os olhos da criança. Não demorou, no lugar cresceu uma planta com bolinhas vermelhas. Quando amadureceram, as capsulas vermelhas se abriram parcialmente e a polpa branca, com sementes negras, fez todos os índios se espantarem. Eram bem parecidos com os olhos da amada criança que havia morrido.
Logo, o guaraná se espalhou por toda a Amazônia e tornou-se um dos frutos mais importantes para a região.