Resenha – Pense como um Freak

Pense como um Freak

O livro “Pense como um Freak”

Há alguns anos, a leitura do livro “Pense como um Freak”, de Steven Levitt e Stephen Dubner, deu um click na minha mente. Eu vivia presa no universo da minha empresa e não conseguia enxergar fora dela. Eu acumulava muitas funções e cuidar do marketing era uma delas. Porém, eu precisava ter novas ideias, reduzir custos e me libertar do constante uso do marketing de guerrilha — mais praticado na época. Afinal, em todos os mercados, ser criativo costuma gerar bons resultados.

Para mim, a leitura do livro funcionou e fez todo o sentido.

Foram 25 anos atuando no comércio da minha cidade, sempre buscando inovações.

“Pense como um Freak” foi um dos livros que ajudou a manter a minha criatividade sempre ativa, principalmente para a solução de problemas.

O que é Freak?

Bem, inicialmente, vamos entender o título. Freak pode ser traduzido para o português, segundo o dicionário Reverso, como “aberração”, “anormal”, “maluco”, “louco”, “esquisito”, “tarado”, “monstro”, “doido”, “maníaco”, “bizarro”, “incomum”. Também pode significar algo muito incomum ou inesperado. Ou seja, os autores do livro “Pense como um Freak” querem que você, leitor, saia da caixa e pense de forma diferente, que expanda a sua criatividade, que pense e aja por si, afastando-se do efeito manada. Afinal, o senso comum muitas vezes pode estar errado e até estar sendo manipulado.

Seguindo o rebanho

Até as pessoas mais inteligentes tendem a buscar a aprovação das outras sobre o que elas acham que sabem. Mas buscar dados e informações para comprovar e embasar os seus saberes é o mais correto a fazer. Seguir a maioria, o rebanho, é deixar os outros decidirem por você.

Pensar como um Freak é se destacar na multidão; é conquistar mais chances de tomar as decisões mais certeiras; envolve queimar neurônios.

Rótulos influenciam nas opiniões e nas decisões. Por isso é que fake News e memes se espalham e pegam feito pragas. É mais fácil inventar e se apropriar do que já foi dito do que investigar e formar a sua própria opinião. Afinal, pesquisar dá trabalho.

Eu não sei

A frase mais difícil de dizer é “eu não sei”.

As pessoas enrolam e usam o senso comum para afirmarem as suas falsas certezas.

Na verdade, quando admitimos a ignorância sobre algo, isso nos permite abrir as portas e seguir em busca de respostas. Pois, a elaboração das perguntas certas serão cruciais para obtenção das respostas certas. A inteligência artificial está aí para provar essa afirmativa.

Problemas perduram porque não são questionados e analisados de forma correta. Identificando a origem deles é que podemos combatê-los com eficiência.

Em um mundo onde as pessoas sempre querem levar vantagem, é mais fácil procurar formas de burlar leis e fiscalizações do que trabalhar com afinco. E às vezes nem é tão fácil. É a teoria dos jogos: todos querem sobrepujar os adversários. Por outro lado, se cada indivíduo encarar que o seu adversário é ele mesmo, então, como agir? Resposta: Não se prender a pré-conceitos, domar as suas más inclinações (que envolve cultivar a autodisciplina), buscar incentivos reais em vez de artimanhas e paliativos que não resolvem e cultivar valores morais como a honestidade e a empatia pelos outros. Isso já é um bom começo.

Uma história

Um ratinho de laboratório estava em um labirinto, tentando encontrar o caminho para o queijo. Ele ia para um lado e para o outro e sempre dava de cara com uma parede. Após se certificar de que não tinha saída, ele não ficou rodando para lá e para cá. O que o ratinho fez? Ele escalou uma parede, caminhou por cima das outras e o faro o levou ao queijo.

Perceberam o que acabei de fazer?

A melhor forma de capturar atenção e transmitir ensinamentos é contando histórias.

É o famoso storytelling que quase todo mundo já conhece e aplica.

Não se importe em recomeçar. É preferível desistir e ir por outro caminho do que se manter na direção errada. Faça feito o nosso ratinho. Ou faça melhor.  Apenas o ser humano é capaz de projetar o seu pensamento para o futuro, analisar todas as possibilidades de resultados e corrigir o que pode dar errado.

Vale à pena pensar como um Freak?

Revendo as minhas anotações da época, hoje, pensar fora da caixa já não é mais novidade, é necessidade e obrigação, nesse universo repleto de coachs e de inteligência artificial. Assim mesmo, eu quis deixar minhas impressões do que entendi ser mais relevante no livro.

E respondendo à pergunta do subtítulo: sim.

Não só vale à pena, como é essencial pensar como um Freak.

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