Resenha – O sangue nosso de cada dia

O sangue nosso de cada dia – Uma escrita coesa e verossímil

O livro – O sangue nosso de cada dia

Tomei emprestadas as palavras do Thiago Oliveira, na orelha do livro da autora Ana Paula Bellot, para o título deste texto. Pois, elas sintetizam a minha impressão geral após a leitura desse livro que me surpreendeu positivamente.

São 10 contos muito bem pensados, elaborados e escritos; sem uma palavra sobrando. Textos com muita ação, que deixam o final para o leitor naturalmente concluir o que acontece depois que o conto acaba. Ou seja, são daquelas histórias que terminamos de ler, mas que continuam a se desenrolar na nossa cabeça.

Temática

Cada conto é como um filme, que bem poderia ser uma extensão de “Cidade de Deus” ou “Tropa de Elite”.

Bairros do subúrbio carioca, policiais, bandidos, relacionamentos conturbados, traições… e muito sangue jorrando. Esses são os elementos que compõem a face trágica do Rio de Janeiro. Uma sujeira que a autora tem a coragem de expor e não varrer para debaixo do tapete.

A autora muda a forma de narrar de um ou outro conto, mas não perde o fio condutor da morte, manchado de sangue, que une todos eles.

A seu estilo me lembrou bastante o do querido @m.demostenes. Assim como ele, Ana Paula Bellot é uma escritora pronta, com uma escrita afiada, enxuta, coerente e verossímil.

Recomendo demais a leitura.

A autora

Ana Paula Bellot é bióloga e professora. Suburbana apaixonada, amante das artes e da literatura. Possui diversos contos aprovados em revistas e antologias. “O sangue nosso de cada dia” é seu livro de estreia.

Quer conhecer mais sobre a autora? Acesse o seu perfil no Instagram @anapaulabellot.

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