A Volta do Curupira

A lenda das florestas está de volta. O guardião protetor, homem, índio, espírito e pés para trás, fala com a natureza e afugenta os animais. Se comunica com os corações leais e os antepassados a muito tempo esquecidos.E como sempre, o homem quer explorar as riquezas e caçar os que vivem em paz. Curupira escuta e vê através dos olhos dos ameaçados, e ataca quem prende e encurrala.Agentes mercenários e pesquisadores adentram na mata à procura da figura mitológica, atrás de sua magnitude e um segredo jamais descoberto.A traição e ambição entre os homens, desperta uma corrida pela sobrevivência, a integração de um chefe banido e ribeirinhos heróis passam a ser conscientes.Caio César Hamasaki resgata nosso folclore com uma história envolvente nas maravilhas da mata brasileira. Aventura emocionante e misteriosa à descoberta do que os humanos são capazes de fazer à sua própria riqueza.Uma leitura incrível e necessária àqueles que ainda estão descobrindo as maravilhas do nosso País. E para aqueles que as protegem, coragem e motivação para continuarem.

A Volta do Curupira, a deliciosa novela de Caio Hamasaki, mescla a aventura com o folclore brasileiro, e nos surpreende com o resgate de elementos místicos do nosso povo, tão bem representado na figura do Curupira, encarnando na narrativa não só o salvador das matas e florestas, mas também o salvador do povo e das nossas riquezas. Não há como não dissociar a narrativa de Caio das narrativas de Monteiro Lobato, nas Reinações de Narizinho, e outras obras do gênero, tanto pelas pitadas de humor quanto pela perspicácia dos protagonistas, Josué e Dito, em suas andanças pela mata, tentando se livrar das agruras nas mãos do elemento estrangeiro, predatório e explorador. Um livro de linguagem simples, acessível e bem-humorado que diverte ao mesmo tempo que faz uma analogia com a necessidade de proteção da Amazônia. Convido-os à leitura.

Curupira me pegou pela mão e levou para uma viagem por um Brasil que até então eu não conhecia, e acredito, muitos brasileiros desconhecem. E me surpreendi com a fábula apresentando a floresta amazônica, a riqueza de detalhes geográficos, sensoriais, das lendas, fauna e flora exuberantes, da cultura dos povos indígenas, a vida simples dos ribeirinhos. Um livro que todos deveriam ler! Na torcida para um dia, todos, dos altos escalões ao cidadão comum, olharem para a causa Amazônica com o mesmo respeito e sensibilidade que vc, Caio. Obrigada! “No começo pensei que estivesse lutando para salvar as seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a floresta Amazônia. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade.” Chico Mendes

Este livro teve o carimbo do double S, sensacional e surreal, pois mistura vários elementos que à primeira vista não fazem sentidos juntos, mas que no final criam uma história simplesmente fantástica. O livro conta a história de Jack um membro da CIA, que deserta e se alia a mercenários para capturar o Curupira. Jack vai para o Brasil e contrata os serviços de Dito, um jovem e Josué, um caboclo experiente nas matas da Serra do Pardo. Josué acaba por ajudar Jack apenas por estar em dívida para com ele. Juntos embrenham-se nas matas e encontram Porã, um pajé banido da tribo dos Paracanãs. Viciado em bebida alcoólica, Porã acaba por contar todos os segredos do Curupira a Jack. Em breve, membros da CIA chegam também para tentar levar preso Jack, mas acabam por se embrenhar na corrida para apanhar o Curupira. Mais não conto para não dar spoiler, mas digo-vos isto é um livro cheio de acção, muito humor e uma forte mensagem nas entrelinhas. Não deixem de ler.