Mulher…
Tu és a minha perdição.
*
Desnorteado, sem rumo, teus mistérios me seduzem.
Sabores de raras iguarias teus montes me reservam.
E me atormentam, quando se escondem;
E me encantam, quando se revelam
*
Teu perfume me inebria, me paralisa, me envenena.
Droga cruel, quase mortal, age rápido, sem pena.
Que alterna prazer extremo e satisfação, quando ingerida,
Com horas de ansiedade e insanidade, se não consumida.
*
Tão poderoso feitiço tu lançaste sobre mim…
Que, mesmo na escuridão, é somente a ti que vejo.
Linda, dançando, toda nua, compondo um florido jardim
De curvas perigosas, transpirando sensualidade e desejo.
*
Teu corpo é o meu porto e o meu abismo;
Nele, me escondo,
Nele, me aconchego,
E nele, me encontro.
Nele, me perco,
Nele, eu me farto
E nele, me retrato.
*
Mulher.
Minha amada mulher…
Tu és a minha salvação.
Poema selecionado no Concurso Nacional Novos Poetas 2017, publicado na antologia poética da Editora Vivara.
Leia outros poemas da autora: